PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO SECRETARIA
MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
DIRETORIA
REGIONAL DE EDUCAÇÃO - PENHA
EMEI GENERAL
MIGUEL COSTA
PROJETO
PEDAGÓGICO 2017
A importância do projeto político-pedagógico está no fato de que ele
passa a ser uma direção, um rumo para as ações da escola. É uma ação
intencional que deve ser definida coletivamente, com consequente compromisso
coletivo.
Betini. Geraldo Antônio, in: A
Construção do Projeto Político-Pedagógico da Escola
Nesse sentido,
consideramos que o Projeto Político-Pedagógico prevê todas as atividades da
escola, do pedagógico ao administrativo, devendo ser uma das metas do Projeto
construir uma escola democrática, capaz de contemplar vontades da comunidade na
qual ele surge, tanto na sua elaboração quanto na sua operacionalização, desde
professores, pais, representantes de alunos, funcionários e outros membros da
comunidade escolar.
IDENTIFICAÇÃO
DA UNIDADE
Nome: Escola Municipal de Educação Infantil General Miguel Costa
Endereço: Rua Arrojado Lisboa, 37
Jardim Cotinha – Ponte Rasa – São Paulo – SP
CEP: 03887-010
Telefone: 2280-9978 / 2042-3378
GERFUNC: 091090
CE: 16.74.205-8
E-mail: emeimiguelcosta@ig.com.br
Horários de Funcionamento:
1° turno: das 7h às 13h
2° turno: das 13h às 19h
Estrutura física da Escola
Nossa
escola é composta pelos seguintes ambientes:
· Sala da Diretoria;
· Sala da Coordenação Pedagógica e
Almoxarifado Pedagógico;
· Sala dos Professores;
· Secretaria;
· Sanitário de funcionários misto
(capacidade para 2 pessoas);
· Sanitário de Professores feminino
(capacidade para 1 pessoa);
· Sanitário infantil feminino (capacidade
para 4 crianças);
· Sanitário infantil feminino (capacidade
para 1 criança);
· Sanitário infantil masculino (capacidade
para 4 crianças);
· Sanitário infantil masculino (capacidade
para 1 criança);
· Galpão-refeitório;
· Cozinha;
· Despensa;
· Área de serviço;
· Sanitário de funcionários feminino externo
(capacidade para 1 pessoa);
· Sanitário de funcionários masculino
externo (capacidade para 1 pessoa);
· Estacionamento;
· 6 Salas de Convivência;
· Parque;
· Quadra;
· Sala de informática;
· Refeitório para Funcionários;
· Corredor lateral coberto;
· Área externa- floresta.
Galpão-Refeitório
Área externa (Floresta)
Parque Quadra
Fachada
da Escola Almoxarifado Pedagógico
Sala de Convivência
– Minigrupo II Sala
dos Professores
ESTUDO
DIAGNÓSTICO DA COMUNIDADE E DO ESPAÇO
Histórico da Unidade
A criação da
nossa escola, “Escola Municipal de
Educação Infantil Jardim Cotinha”, data de 24 de dezembro de 1980, sob o
Decreto 17.101 assinado pelo prefeito da época, Reynaldo Emygdio de Barros,
publicado no Diário Oficial do Município em 25 de dezembro de 1980, pelo
Parecer CEE 0762-81 que atende a Educação Infantil.
Anos mais tarde
teve o seu nome alterado, segundo o Decreto 23.193, de 15 de dezembro de 1986,
o prefeito Jânio Quadros, considerando a relevante importância histórica do
General Miguel Costa, resolveu:
“Art. 1º: Fica
denominada Escola Municipal de Educação
Infantil “General Miguel Costa”, a Escola Municipal de Educação Infantil do
Jardim Cotinha”.
A aprovação do Regimento Escolar foi feita pela
supervisora desta U.E. por meio da Portaria n° 5.941 de 15 de outubro de 2013.
Patrono da Escola
No governo
Vargas, Miguel Costa tomou posse do cargo de General do Exército. Nesta missão,
garantiu com bravura e plenitude a execução de vários planos revolucionários da
conquista do oeste do Paraná.
Findada a
Revolução, por um Decreto de 8 de novembro de 1930, o Governo da república,
atendendo aos relevantes serviços prestados, concedeu-lhe, em nome da nação, as
honras do posto de General de Brigada, sendo, por outro Decreto da mesma data,
convocado para o serviço ativo do Exército Brasileiro. O Miguel Costa foi o
único na história que, como Oficial de Polícia, comandou grande unidade do
Exército Brasileiro.
Após dois anos,
em 23 de maio de 1932, para não ter de combater contra seus companheiros de
lutas e, por outro lado, para não ficar contra são Paulo, exigiu Reforma e
abandonou a política, afirmando: “O Brasil que cumpra seu destino, já que a
revolução pouco lhe soube dar.”
Miguel Costa
faleceu na noite de 2 de setembro de 1959, vítima de enfarte, quando falava da
Revolução de 24 em um programa de televisão. Naquela noite, um lutador, uma
legenda, um pedaço de vida do país, se calou.
Caracterização do Entorno
A subprefeitura
de Ermelino Matarazzo está situada na região leste da cidade de São Paulo,
fazendo divisa com os bairros Ponte Rasa, Vila Jacuí, Penha e com a cidade de
Guarulhos. Com uma área de 8,7 km² e 113.615 habitantes (em 2010), o bairro de
Ermelino Matarazzo é irrigado pela linha 12 da CPTM, abriga a o campus da
Universidade de São Paulo e o Parque Ecológico do Tietê.
Histórico do Bairro de Ermelino Matarazzo
Os bairros formados ao longo das
margens do Rio Tietê-Tupi Guarani, Caudal Volumoso: São Miguel Paulista,
Ermelino Matarazzo, Engenheiro Goulart a margem esquerda e Guarulhos - Tupi
Guarani, Peixe Barrigudinho a margem direita do Rio Tietê, consta em alguns
registros que foram fundados na mesma época. Segundo moradores mais antigos e
pesquisas realizadas nos Arquivos Municipal e Estadual, os primeiros habitantes
destas terras foram os Índios Guaianazes os quais viviam à margem esquerda do
Rio Tietê, a chamada região do Ururaí - Tupi Guarani, Largato D’água ou
Planalto de Baquirivu, terras doadas por carta de sesmaria datada 12 de outubro
de 1580.
Por volta do ano de 1600, foi criada a
Aldeia de São Miguel Arcanjo com a capela do mesmo nome (Capela construída
pelos Índios sob o comando dos Jesuítas) e reconstruída sob os encargos de João
Álvares e Fernão Munhoz em 16 de junho de 1622.
Com a chegada dos brancos e a colonização,
São Miguel Arcanjo, ou Aldeia de Ururaí como era chamado, tem sua data oficial
de fundação dia 21 de setembro de 1622. O bairro de Ermelino Matarazzo, que em
sua maior parte é formada pela antiga Paragem do Guaporé, várzea do Tietê.
Na metade do século XVII na atual Rua Dr.
Assis Ribeiro, antigo Sítio Piraquara-Tupi Guarani, Toca do Peixe, Chácara
Quindarussu e a Chácara Itapejica-Tupi Guarani, Pedra Lisa situada às margens
esquerda do Rio Tietê. A primeira referência encontrada trata-se do Sítio
Piraquara, está no testamento do Capitão Paulo da Fonseca, datado de 1711. Em
1739, aparece novamente citado no testamento de Baltazar Veiga Bueno.
No inventário do Padre Manuel de Souza, de
1854, o Sítio foi descrito da seguinte forma “Com casa de vivenda, paredes de
pilão cobertas de telhas, casa de fabrico de farinha, também de paredes de
pilão cobertas de telhas, com as terras a ele pertencentes fazendo frente para
a várzea do Tietê, com uma capela construída pelos Índios da região dedicada a
Bom Jesus de Pirapora” .
No período de 1913/1915, as Indústrias
Matarazzo, adquiriram de vários proprietários, por meio de compras registradas
no Terceiro Cartório de Imóveis desta Capital. Uma gleba de terra com ou sem
benfeitorias, totalizando 420.530 m², segundo as transcrições nº429, 941, 1729,
2551 e 2840 e as averbações feitas em 1939, foram inscritas sob o número
noventa, página 255 de o livro auxiliar nº 8, o loteamento denominado Jardim
Matarazzo.
Tendo em vista os projetos da construção de
uma Rodovia - Estrada de Rodagem São Paulo - Rio 1926/1928 e de uma Linha
Férrea - Estrada de Ferro Variante Poá 1921/1926. A Indústria Matarazzo vendeu
274 lotes, cerca de 10% do total de suas terras entre 1926/1939, dando origem a
um pequeno povoado em torno da estação de trem, inaugurada em 07 de fevereiro
de 1926, passando a transportar passageiro a partir de 1934.
A denominação à Estação ferroviária foi
homenagem ofertada a um dirigente da IRFM – Indústrias Reunidas Fábrica
Matarazzo, em razão de a estação ferroviária passar pelas terras da IRFM,
escolheu-se então o Comendador Ermelino Matarazzo, terceiro filho do Conde
Francesco Antonio Matarazzo, sendo o primeiro filho brasileiro, nascido na
cidade de Sorocaba em 1883, morto em um acidente automobilístico, na fronteira
da França com Itália nas proximidades de Turim em 25 de janeiro de 1920. A expansão
urbana da cidade de São Paulo, no início do século XX proporcionou a criação de
bairros mais distantes do centro da capital.
As antigas fazendas e chácaras sofreram um
processo de loteamento, surgiram novos bairros ou adensaram aos mais antigos. A
valorização da área central da cidade e o aceleramento dos loteamentos na
região suburbana acabaram por expulsar a classe trabalhadora de menor poder
aquisitivo para o subúrbio. O bairro de Ermelino Matarazzo está localizado na
zona leste da cidade de São Paulo com uma altitude, em relação ao nível do mar,
entre 750 metros, próximo à várzea do Rio Tietê. Elevando-se suavemente de
norte a sul e alcançando 775 metros na Vila Paranaguá.
O bairro distado “marco zero” da cidade de
São Paulo, por volta de 16 quilômetros em linha reta. Seus limites: ao norte, o
município de Guarulhos; a leste, o distrito de Vila Jacuí e Ponte Rasa; a oeste
o distrito da Penha. Cabe lembrar que estas divisas administrativas foram
definidas pelo Governo Municipal em 1992, e não correspondem às divisas
históricas do bairro. As colinas em Ermelino Matarazzo erguem-se, com destaque,
no sentido norte-sul em relação ao Rio Tietê, onde, nas encostas do vale do
Ribeirão Mongaguá (em Tupi Guarani, Água Pegajosa), surgiu o Jardim Berlim -
atual Jardim Belém e a Vila Paranaguá antiga chácara da família Silva Jardim.
Outras colinas também aparecem, a leste, Jardim Carolina; e a oeste, Parque
Boturussu (em Tupi Guarani, Montanha Grande) e Jardim Verônia. O Ribeirão
Mongaguá divide o bairro em duas metades no sentido sul-norte, é afluente do
Rio Tietê. Ermelino Matarazzo em todo seu território fazia parte de São Miguel
Paulista, em 1959 foi desmembrado, através da LEI nº 5285 de 18 de fevereiro de
1959.
Em 1950, muitas famílias procuraram fixar
residência no bairro, nos loteamentos já existentes ou nos que estava sendo
implantados e como consequência o aparecimento de vilas, motivadas pela
possibilidade de encontrar emprego nas indústrias: “Cia. Nitro Químico
Brasileira”, na “Celosul” ou na “Cia. Industrial São Paulo e Rio-Cisper”. A
época da origem dessas vilas varia muito, as mais antigas são: Jardim
Matarazzo, Jardim Belém, Vila Paranaguá e Parue Boturussu, com caráter
tipicamente urbano, onde a maioria dessa população trabalhava na zona central
da cidade de São Paulo.
Na década seguinte o bairro começava a
perder certos elementos que lhe davam um caráter acentuadamente provinciano, o
progresso, com todas as exigências havia invadido o tranquilo e bucólico bairro
de antigamente e eliminando de suas ruas e vilas o seu aspecto e os costumes de
feição tradicional mais acentuada, esses traços foram substituídos por
sentimentos de intranquilidade e insegurança, tamanha era a rapidez com que se
processava o seu crescimento populacional.
Mapeamento dos equipamentos
sociais da região
Quanto às
construções públicas, privadas de uso público e à prestação de serviços nas áreas de cultura, lazer, esporte e saúde,
a comunidade conta com:
·
Biblioteca CEU Parque São Carlos “Barbosa Lima Sobrinho”
Rua Clarear, 141 na Vila Jacuí - Jardim São Carlos.
Rua Clarear, 141 na Vila Jacuí - Jardim São Carlos.
·
Clubes
Esportivos Municipais: CDC ERMELINO
MATARAZZO, situado na Rua Reverendo João Euclides Pereira, 8; CDC DANÚBIO JARDIM MATARAZZO, situado
na Trav. Dom Bosco s/nº - Jardim Matarazzo.
· AMA HOSPITAL ERMELINO MATARAZZO, situado na
Alameda Rodrigo de Brum, 1989 - Vila Paranaguá.
· Hospital Municipal PROF. ALÍPIO CORREA NETTO
- ERMELINO MATARAZZO, situado na Alameda Rodrigo de Brum, 1989 - Vila Paranaguá.
· AMB ESPEC VILA PARANAGUÁ, situado na Rua José Góes Nogueira, 70 - Vila Paranaguá
· CAPS ADULTO II ERMELINO MATARAZZO, situado na
Av. Boturussu, 168 - Ermelino Matarazzo.
· TELECENTRO Biblioteca Rubens Borba de
Moraes, situada na Rua Sampei Sato, 440 em Ermelino Matarazzo.
· TELECENTRO CEU UAB Parque São Carlos,
situado na Rua Clarear, 141 na Vila Jacuí – Jardim São Carlos.
· ARENA CORINTHIANS: Parques e praças,
cinema próximo Shopping Itaquera. Há carência de salas de teatro e ofertas de
shows ao ar livre.
Perfil sociocultural das famílias
Para
traçar o perfil sociocultural das famílias dos alunos da EMEI Gal. Miguel Costa
foi entregue na Reunião de Pais um formulário (anexo I) a fim de fomentar o
diagnóstico da comunidade escolar em 2016. No ano de 2017 mantemos os dados de
2016, pois faremos a pesquisa do perfil sociocultural das famílias a cada dois
anos. Os formulários entregues contabilizaram 235 de 312 alunos matriculados.
Os dados coletados foram tabulados e dispostos nos gráficos abaixo:
Após a análise dos questionários, é
possível constatar que:
· O Ensino
Médio Completo representam nível de escolaridade da maioria dos entrevistados,
tanto dos pais quanto das mães. O Ensino Superior aparece nas pesquisas em
apenas 20% das mães e 17% dos pais sendo que dessas, porcentagens apenas metade
completou o ensino superior o restante está cursando ou deixou incompleto.
Temos 2% das mães que se declaram analfabetas.
·
A moradia de 53% das famílias que entregaram o
formulário é própria enquanto que 41% das famílias residem em casa alugada e 6%
marcou a opção “outra”;
·
As
famílias declararam morar com 3 a 5 pessoas, em média; sendo os Pais, pai e
mãe, a figura que mora com a criança, em segundo lugar aparece a Mãe e/ou avós,
a figura que mora com a criança, quando
esta não reside com os pais;
·
Em
relação à orientação religiosa das famílias temos exatos 50% evangélicas, 34%
católicas, 4% espíritas e 12% declaram ter outras orientações religiosas;
·
Respectivamente,
78% e 81% de pais e mães declararam ser naturais da região sudeste, enquanto
que 19% dos pais e 18% das mães nasceram na região nordeste do país. A pesquisa
revelou também que há 2% de pais e mães nascidos na Bolívia, assim como no ano
anterior.
·
O
Sistema Público de Saúde mais utilizados pelas famílias pesquisadas são: UBS
Carlos Muniz, Postos de Saúde, AMAs e o Hospital Municipal Dr. Alípio Correia
Neto;
·
46%
dos pais têm entre 30 e 40 anos, e 55% das mães entre 20 e 30 anos;
·
Neste
ano 33% dos nossos alunos são filhos únicos, contra 40% dos alunos que são
caçulas;
·
Quando
indagados sobre o acesso à internet, os entrevistados disseram que os sites
mais acessados são facebook, youtube e google
para pesquisas;
·
Os
canais de TV mais assistidos por nossos alunos são Discovery e TV Cultura;
·
95% das crianças preferem os desenhos animados sendo
os personagens mais queridos os super-heróis, Peppa e princesas;
·
70%
dos entrevistados disseram que não conhecem ou não acessam o Blog da escola.
Observamos
a comunidade atendida em 2016 apresenta a maioria dos pais nascidos na região
sudeste, com faixa etária entre 20 e 50 anos; 36% dos pais e 42% das mães
pararam os estudos no ensino médio e 8% dos pais e 7% das mães completaram o
ensino superior. A internet é usada para lazer e pesquisa, sendo as redes
sociais a principal atividade na rede. As crianças, por sua vez, quando não
ficam com a mãe, ficam com a avó em casa, quando não estão na escola. Como
opções de lazer temos 62% frequentando parques uma vez por mês, 55% indo pelo
menos uma vez por mês ao shopping e 53% frequentando o cinema uma vez por mês.
O teatro aparece como opção de lazer para 19 % dos entrevistados sendo que 81%
declaram nunca ter ido ao teatro. Das famílias entrevistadas 26 % já foram à
uma exposição de arte e 74% nunca foram à uma exposição de arte. Percebemos que
embora o IDH do bairro de Ermelino Matarazzo seja considerado médio, 0,801,
nossa comunidade enfrenta problemas com a carência de empregos na região, 97% não
trabalha no bairro, o que faz com que haja grande necessidade de locomoção.
Existe uma carência da população com relação ao conteúdo cultural e artístico.
Com
base nesses dados, a escola objetiva realizar algumas ações no sentido de
ampliar o repertório da família quanto às manifestações culturais, bem como,
por meio do blog sugerir atrações de teatro em equipamentos sociais próximos à
comunidade.
PROFISSIONAIS
DA UNIDADE EDUCACIONAL
Escola
é
... o lugar que se faz amigos.
Não
se trata só de prédios, salas, quadros,
Programas,
horários, conceitos...
Escola
é, sobretudo, gente
Gente
que trabalha, que estuda
Que
alegra, se conhece, se estima.
O
Diretor é gente,
O
coordenador é gente,
O
professor é gente,
O
aluno é gente,
Cada
funcionário é gente.
E
a escola será cada vez melhor
Na
medida em que cada um se comporte
Como
colega, amigo, irmão.
Nada
de “ilha cercada de gente por todos os lados”
Nada
de conviver com as pessoas e depois,
Descobrir
que não tem amizade a ninguém.
Nada
de ser como tijolo que forma a parede, Indiferente, frio, só.
Importante
na escola não é só estudar, não é só trabalhar,
É
também criar laços de amizade, É criar ambiente de camaradagem,
É
conviver, é se “amarrar nela”!
Ora
é lógico...
Numa
escola assim vai ser fácil! Estudar, trabalhar, crescer,
Fazer
amigos, educar-se, ser feliz.
É
por aqui que podemos começar a melhorar o mundo.
Paulo
Freire
Equipe Técnica
Neste
ano a Equipe técnica é formada por:
Diretora:
efetiva e em exercício nesta Unidade desde janeiro de 2014;
Assistente
de Diretor: Professor de Educação Infantil e Ensino Fundamental I, lotada em
outra U.E. e em exercício na função desde abril de 2013;
Coordenadora
Pedagógica: Professor de Educação Infantil e Ensino Fundamental I, lotada em
outra U.E., designada para esta função desde
novembro de 2016.
(ver
anexo II)
Equipe Docente
O
quadro da equipe docente da EMEI Gal. Miguel Costa é formado por vinte e uma professoras,
sendo que treze professoras estão em regência de classe, quatro professoras na
condição de módulo, duas professoras em readaptação e uma em licença médica
continuada.
Neste
ano, a escola possui dois grupos de JEIF. O primeiro é formado pela Coord.
Pedagógica e duas professoras; e o segundo por cinco professoras. Todo o quadro
docente possui graduação superior em Pedagogia.
(ver
anexo III)
Quadro de Apoio à Educação
O quadro de apoio é formado por
sete funcionários, sendo três Auxiliares Técnicos da Educação (ATE) e os
demais, Agentes de Apoio à Educação. Temos uma Agente de Apoio readaptada. A
Unidade conta com dois vigias que alternam os dias para garantir a segurança da
escola à noite.
(ver anexo IV)
Terceirização de Serviços
O serviço de limpeza e
conservação é realizado pela empresa terceirizada Limpadora CALIFÓRNIA Comércio
e Serviços LTDA a partir de fevereiro de 2015.
A empresa APETECE Sistemas de Alimentação
LTDA. oferece os serviços da cozinha e conta com três funcionárias fixas. A
nutricionista Melissa Ocaña Ribeiro, com o CRN nº 30191, supervisiona o
trabalho das funcionárias da cozinha, com visitas regulares.
Nome
|
Empresa
|
Data início
|
Horário de Trabalho
|
N° contrato
|
|
Cozinha
|
Fabia Pereira Pires
|
APETECE
|
01/02/2011
|
6h00 às 15h48
|
33/SME/DME/2011
|
Cozinha
|
Rita de Cássia Araújo Santos
|
APETECE
|
01/02/2011
|
9h00 às 18h00
|
33/SME/DME/2011
|
Cozinha
|
Ana Maria Pires
|
APETECE
|
01/02/2011
|
8h00 às 17h45
|
33/SME/DME/2011
|
Limpeza
|
Elisangela Silva Alves
|
CALIFÓRNIA
|
18/02/2015
|
9h30 às 19h00
12h30 às 13h30
|
009/SME/2015
|
Limpeza
|
Sonia Maria da Silva Pádua
|
CALIFÓRNIA
|
03/03/2016
|
7h00 às 17h00
11h30 às 12h30
|
009/SME/2015
|
Limpeza
|
Sueli dos Santos Vilela
|
CALIFÓRNIA
|
18/02/2015
|
7h00 às 17h00
11h30 às 12h30
|
009/SME/2015
|
Perfil sociocultural da equipe
docente da U.E.
Neste ano letivo de 2016, durante o período de Planejamento
no mês de fevereiro, foi entregue um questionário (anexo V) a cada funcionário
com a finalidade de conhecer o perfil da equipe educacional e potencializar os
saberes para a melhoria das condições de atendimento à comunidade escolar. Os
resultados obtidos foram diagramados em gráficos para melhor visualização. Não
fizemos nova pesquisa, pois os professores são os mesmos.
Após
a tabulação dos dados, foi possível constatar que:
·
60% dos docentes da unidade possuem nível
superior completo, 5% tem duas graduações e 30% dos professores têm
pós-graduação. Neste ano, há uma professora com formação superior em Mestrado.
·
30% é o primeiro ano que trabalha nesta
U.E., 50% das professoras têm entre 1 ano e 5 anos de exercício nesta unidade,
e 10% das têm entre 5 anos ou mais e 10% trabalha nesta unidade há 10 anos ou
mais.
·
20% dos professores têm de 1 a 10 anos de
experiência na profissão docente , 35% têm entre 11 e 15 anos de carreira, 20%
têm de 16 a 20 anos de experiência, 5% têm de 21 a 25 anos no magistério e 20%
têm 26 anos ou mais.
·
40% dos professores lecionam em outra
escola e 60% só lecionam em nossa escola. Importante ressaltar que há 5
professoras que possuem os 2 cargos nesta unidade.
·
35 % dos professores afirmaram fazer algum curso
fora do horário de trabalho na área da educação;
·
80% dos docentes têm conhecimento do
trabalho com projetos pedagógicos dado que trabalhamos com projetos em 2015.
Potencialização dos saberes da equipe para a melhoria
do atendimento à comunidade
A
instituição possui um programa de formação continuada, PEA (Projeto Especial de
Ação), que possibilita o planejamento, a avaliação e o aprimoramento dos
registros e práticas docentes, no entanto apenas oito de vinte professoras
participam deste momento de formação. Como
acreditamos que momentos formativos como este dentro da unidade escolar merecem
ter espaço privilegiado, a gestão pedagógica da escola procura divulgar as
discussões, estudos e registros do PEA a todos os docentes nas horas atividades
dos professores que não fazem o PEA.
A
coordenadora pedagógica disponibiliza todos os textos trabalhados em PEA, na
sala dos professores para que todos possam obter informações do percurso
realizado em horário de PEA.
O
blog da EMEI também é um recurso muito válido para dar visibilidade às
produções dos alunos, ao trabalho dos professores e registros do PEA em foto,
vídeo e artigos de autores referência na área da Pedagogia dos Projetos,
qualificação dos espaços e registro, tema do PEA este ano. Há uma programação
para postagem dos fazeres da escola, todas os professores postarão seus fazeres
uma vez por mês.
PROPOSTA CURRICULAR
Prioridades e Objetivos
Educacionais
Consideramos,
em nosso cotidiano, as proposições expressas nas DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL – DCNEI
(Resolução nº 5, de 1712/2009), tendo como eixos norteadores do currículo as Interações e o Brincar, garantindo
experiências que:
•
Promovam o conhecimento de si, do outro e do mundo por meio da ampliação de
experiências sensoriais, expressivas, corporais que possibilitem movimentação
ampla, expressão da individualidade e respeito pelos ritmos e desejos da
criança;
•
Favoreçam a imersão das crianças nas diferentes linguagens e o progressivo
domínio por elas de vários gêneros e formas de expressão: gestual, verbal,
plástica, dramática e musical;
•
Possibilitem às crianças experiências de narrativas, de apreciação e interação
com a linguagem oral e escrita, e convívio com diferentes suportes e gêneros
textuais orais e escritos;
•
Recriem, em contextos significativos para as crianças, relações quantitativas,
medidas, formas e orientações espaço temporais;
•
Ampliem a confiança e a participação das crianças nas atividades individuais e
coletivas;
•
Possibilitem situações de aprendizagem mediadas para a elaboração da autonomia
das crianças nas ações de cuidado pessoal, auto-organização, saúde e bem-estar;
•
Possibilitem vivências éticas e estéticas com outras crianças e grupos
culturais, que alarguem seus padrões de referência e de identidades no diálogo
e conhecimento da diversidade;
•
Incentivem a curiosidade, a exploração, o encantamento, o questionamento, a
indagação e o conhecimento das crianças em relação ao mundo físico e social, ao
tempo e à natureza;
•
Promovam o relacionamento e a interação das crianças com diversificadas
manifestações de música, artes plásticas e gráficas, cinema, fotografia, dança
teatro, poesia e literatura;
•
Promovam a interação, o cuidado, a preservação e o conhecimento da
biodiversidade e da sustentabilidade da vida na Terra, assim como o não
desperdício dos recursos naturais;
•
Propiciem a interação e o conhecimento pelas crianças das manifestações e tradições
culturais brasileiras.
Normas de Convívio da Unidade Escolar
1.1
Horário de
Funcionamento da escola
O horário de entrada do turno da manhã será ás 7h,
com tolerância de 10 minutos. Na saída, o portão se abrirá primeiramente aos condutores
de transporte escolar a partir das 12h25 e para os pais à partir de 12h30.
No turno da tarde os alunos entrarão às 13h, com
tolerância de 10min. Na saída, o portão se abrirá às 18h25 para os condutores
de transporte escolar e 18h30 que deverão buscar os alunos dentro das salas de
aula.
1.2 Cartão
de Retirada
A utilização do Cartão para Retirada do aluno será
mantida também neste ano, no entanto os pais deverão informar até três pessoas
e o grau de parentesco delas com o aluno para que possam fazer uso do RG,
quando não estiver com o cartão de retirada em mãos. A lista dessas três
pessoas deverá constar na Agenda do Aluno.
Com o mesmo
procedimento do ano anterior, os cartões foram entregues no primeiro dia aula
aos pais e responsáveis presentes.
1.3 Atendimento
aos Pais
O
agendamento de atendimento aos pais pelos professores deverá respeitar o dia e
hora de horários livres/ hora atividade de cada professor.
Para
outras informações, a gestão receberá os pais, quando necessário, das 7h às
19h, todos os dias.
1.4
Encaminhamentos
Os
encaminhamentos aos UBS e Posto de Saúde serão feitos pelo coordenador
pedagógico, conforme a observação do desenvolvimento do aluno feito pelos
professores, e após reunião/contato com os pais do aluno.
1.5
Acidentes
Em
caso de acidentes leves, ferimentos, mal-estar, febre e qualquer outro
desconforto, a escola entrará em contato com a família por telefone. No caso de
acidentes graves, a criança será imediatamente socorrida e levada ao Hospital
mais próximo acompanhada de dois funcionários, enquanto a instituição entra em
contato com os pais informando o acontecido. Toda vez que o aluno chegar à
escola com ferimentos, será feita ocorrência em livro próprio e os responsáveis
serão comunicados.
1.6 Faltas
Para
garantir a frequência mínima exigida por lei, a instituição fará um controle
diário do comparecimento das crianças matriculadas na EMEI. Eventuais faltas
poderão ser justificadas, no entanto, quando estas ultrapassarem os 15 (quinze)
dias de faltas injustificadas e sem respostas às intervenções da unidade, como
convocações e/ou contato telefônico; a escola entrará em contato com a família
por visita domiciliar para conhecer os motivos das ausências. No caso de
atrasos e saídas antecipadas dos alunos, o pai deverá justificar o motivo em
livro próprio, assinando-o.
1.7 Trocas
de roupas
Todos
os dias, os pais deverão enviar na mochila da criança trocas de roupas, para
que possamos trocar a criança em situações de necessidade (diarreia, vômito,
etc).
Articulação da Escola com Equipamentos Sociais
Programa Aprendendo
com Saúde
Nossa
escola participa do Programa Aprendendo
com Saúde da Secretaria Municipal de Saúde do Município de São Paulo. O Projeto
prevê ações coletivas no que se refere à Promoção da Saúde Bucal.
Nossa
escola recebe visita do dentista, às terças-feiras, das 11h às 13h, a fim de
conscientizar os alunos sobre cuidados de higiene bucal, orientando-os a
escovar os dentes com qualidade, além de avaliar os casos que necessitem de
consulta especializada.
No
ato da matr
ícula
os pais assinam uma autorização para que as crianças participem do Programa de
Saúde bucal.
Os
dentistas e a Coordenação Pedagógica da escola organizarão reuniões e palestras
a fim de incentivar a saúde bucal aos pais e aos alunos, pois com os dados dos
anos anteriores, observou-se que a família, após os encaminhamentos feitos pelo
Programa, não dá continuidade ao tratamento na UBS. Desta forma, realizar ações
na escola poderá dar mais visibilidade à seriedade do projeto à comunidade.
Fonte: http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/saude/arquivos/saudebucal/Diretrizes_Saude_Bucal.pdf
Acessado em: 13 de fevereiro de 2015.
Atendimento aos educandos com deficiência
“O
princípio fundamental da educação inclusiva é a valorização da diversidade e da
comunidade humana. Quando a educação inclusiva é totalmente abraçada, nós
abandonamos a ideia de que as crianças devem se tornar normais para contribuir
para o mundo“ (KUNC, 1992 apud CÂNDIDO, 2009).
A inclusão
escolar surgiu com a "Declaração de Salamanca" em 1994, com a ideia
de romper paradigmas educacionais existentes na época. Após tantos anos de
segregação e isolamento, hoje essas pessoas são reconhecidas como cidadãos. O
princípio da escola inclusiva é de que todas as crianças devem aprender juntas,
independente de quaisquer dificuldades ou diferenças que elas possam ter. Para
isto é necessária uma quebra de paradigmas, isto é, concentrar a educação no
aprendiz, levando em conta o potencial de cada um.
Nós, da EMEI Gal.
Miguel Costa, compreendemos que a educação inclusiva tem por objetivo inserir
portadores e não portadores de necessidades especiais em salas de aula de
escolas comuns, convivendo no mesmo ambiente escolar, aprendendo e respeitando
as diferenças. Este convívio entre as crianças leva à valorização da
diversidade, o respeito àquele que é diferente e não inferior.
Como o foco da
Educação Infantil está no cuidar e educar, na convivência e na vivência das crianças,
o nosso trabalho consiste em acolher todas as crianças, respeitando o
desenvolvimento de cada uma, comparando-a sempre com ela mesma.
Desta forma,
quando percebemos que alguma criança necessita de algum tipo de atendimento
diferenciado, fazemos reuniões com a equipe e com a família, analisamos quais
intervenções são importantes para melhorar o convívio da criança na escola e,
se necessário, encaminhamos para avaliação de especialistas.
Desde o ano de
2016, acolhemos uma criança com deficiência, integrante do grupo do Infantil II-C, Vitória Gonçalves Nascimento. Neste ano,
temos ainda, Guilherme Rocha Leite, Infantil II - E e Gleyce
Pereira de Sousa – Infantil I - C, cadeirantes. E uma criança autista, Matheus
Arquino da Silva, Infantil I – B.
Nossas ações com esses
alunos contará com o constante contato com a família, além de pesquisas de
atividades pedagógicas adaptadas que propiciem aprendizado e desenvolvimento cognitivo.
Contamos com uma rede de apoio a inclusão: CEFAI e ACDEM.
Com base na realidade
da nossa EMEI neste ano letivo, nossas ações serão:
AÇÕES
·
Estimular
a utilização plena do potencial dos
sentidos remanescentes, bem como na superação de dificuldades e conflitos
emocionais;
·
Desenvolver
e incentivar o comportamento exploratório, a observação e a experimentação de
si, do outro e do ambiente;
·
Apoiar
a criança com necessidades especiais em suas especificidades, promovendo
situações de interação com as outras crianças, promovendo a ampliação do seu
repertório cultural.
· Ofertar ambientes facilitadores da
aprendizagem e do convívio social;
· Cuidar para que as crianças com
necessidades educativas especiais possam ser ajudadas da forma mais conveniente
no aprendizado de cuidar de si, o que inclui a aquisição de autonomia e o
aprendizado de formas a assegurar a sua segurança pessoal;
· Disponibilizar materiais e atividades
adaptados às necessidades da criança, possibilitando o aprendizado e
desenvolvimentos de suas potencialidades;
· Respeitar o tempo e os limites da criança
para a realização das atividades;
· Manter contato frequente com as famílias
para melhor coordenação de condutas, troca de experiências e de informações;
· Estabelecer parceria com profissionais do
CEFAI – Diretoria Regional de Educação da Penha e ACDEM.
PLANO DE GESTÃO E ORGANIZAÇÃO
Composição da organização escolar
A EMEI Gal.
Miguel Costa oferece à sua comunidade e seus arredores a Educação Infantil
neste ano letivo de 2017 nos seguintes períodos e agrupamentos:
Agrupamento
|
Período
|
Vagas Oferecidas
|
Minigrupo II - A
|
Manhã
|
16
|
Minigrupo II – C
|
Tarde
|
16
|
Minigrupo II - D
|
Tarde
|
16
|
Infantil I - A
|
Manhã
|
35
|
Infantil I - B
|
Tarde
|
35
|
Infantil I - C
|
Tarde
|
35
|
Infantil I – D
|
Manhã
|
16
|
Infantil II – A
|
Manhã
|
29
|
Infantil II - B
|
Manhã
|
29
|
Infantil II – C
|
Manhã
|
29
|
Infantil II – D
|
Tarde
|
29
|
Infantil II - E
|
Tarde
|
29
|
Total de alunos
|
314
|
Plano de Trabalho da Gestão
Metas e ações para 2016
Com base na
avaliação da U.E. em 2016 e em expectativas
para o ano letivo de 2017, foram organizadas as metas e as ações pela gestão da
U.E.
À luz dos princípios elencados no Programa Mais Educação São Paulo, nosso
Plano de Trabalho da Gestão terá ações e metas pautadas no Eixo da Gestão Pedagógica, objetivando:
·
Promover
o trabalho com o currículo integrador por meio da Pedagogia dos Projetos,
continua;
·
Subsidiar
nos horários coletivos de formação docente a discussão teórica sobre
Documentação Pedagógica, qualificando o registro.
·
Estudar
e discutir metodologias, realizando trocas de experiências nos horários
coletivos de formação;
·
Possibilitar
a participação dos professores em JBD nos horários destinados a hora-atividade.
·
Aproximar
as práticas da unidade educacional às questões sociais através dos Projetos:
Convivência, Literatura Infantil e Sustentabilidade – A Terra é minha casa;
·
Divulgar
e disseminar as experiências de pesquisas e projetos da unidade à comunidade;
·
Qualificar
os espaços/ambientes da escola com atividades significativas e prazerosas,
respeitando o tempo/ritmo e desenvolvendo todas as potencialidades dos
envolvidos no processo possam ser aprimoradas;
·
Qualificar
as diferentes formas de registro do processo educativo o que possibilitará uma
avaliação qualitativa do desenvolvimento de cada educando;
PLANO DE IMPLEMENTAÇÃO DA PROPOSTA
CURRICULAR
O reconhecimento
da Educação Infantil em nosso país é recente e ao longo dos anos vem afirmando
sua identidade, se firmando na legislação e nas políticas públicas brasileiras.
A Educação Infantil firma-se como direito de toda criança na Constituição
Federal de 1988, no entanto é na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) –
9394/96 que se configura como a primeira etapa da educação básica. Na lei n°
9.394/96, a Educação Infantil, parte integrante do sistema educacional
brasileiro, tem como objetivo o desenvolvimento integral da criança de 0 a 5
anos de idade em seus aspectos físico, psicológico, intelectual, e social,
complementando a ação da família e da comunidade. (art. 29 / LDB).
I - creches, ou
entidades equivalentes, para crianças de até três anos de idade;
II - pré-escolas, para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de
idade. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
No mesmo rumo, o art. 4° da LDB
teve sua redação modificada pela Lei nº 12.796/2013, estabelecendo à educação
escolar pública a garantia de educação obrigatória e gratuita dos 4 (quatro)
aos 17 (dezessete) anos de idade. Deste modo, cabe à instituição de educação
infantil (pré-escola) atender a demanda de crianças de 4 (quatro) e 5 (cinco)
anos de idade.
Diante a
tantas transformações cabe à instituição de ensino tecer reflexões a fim de
compreender o contexto sociocultural e as especificidades deste universo tão
peculiar que envolve a criança pequena.
Concepção de Criança/Infância
A criança é feita
de cem.
A criança tem cem
mãos.
Cem pensamentos.
Cem modos de
pensar de jogar e de falar.
Cem sempre
Cem modos de
escutar
as maravilhas de
amar.
Cem alegrias
Cem alegrias
para cantar e
compreender.
Cem mundos para descobrir.
Cem mundos para inventar.
Cem mundos para sonhar.
Cem mundos para descobrir.
Cem mundos para inventar.
Cem mundos para sonhar.
A criança tem cem
linguagens
(e depois cem,
cem, cem)
mas roubaram-lhe
noventa e nove.
A escola e a cultura lhe separam a cabeça do corpo.
Dizem-lhe:
A escola e a cultura lhe separam a cabeça do corpo.
Dizem-lhe:
de pensar sem as
mãos
De fazer sem a
cabeça
De escutar e de
não falar
De compreender
sem alegrias
De amar e de
maravilhar-se
Só na Páscoa e no
Natal.
Dizem-lhe: de descobrir um mundo que já existe
Dizem-lhe: de descobrir um mundo que já existe
E de cem
Roubaram-lhe
noventa e nove.
Dizem-lhe:
Dizem-lhe:
que o jogo e o
trabalho
a realidade e a
fantasia
a ciência e a
imaginação
o céu e a terra
a razão e o sonho
São coisas
Que não estão
juntas.
Dizem-lhe, enfim, que as cem não existem
Dizem-lhe, enfim, que as cem não existem
A criança diz:
Ao contrário,
As cem existem.
Loris
Malaguzzi
A noção de
infância surge no contexto da sociedade moderna a partir dos estudos do francês
Philippe Ariés em sua obra “A História
Social da Criança e da Família”, cuja publicação data de 1970. No entanto,
é no século seguinte que cresce o esforço pelo conhecimento e respeito à
criança pequena e o seu universo, sendo a infância objeto de estudo de diversas
áreas do conhecimento.
A infância
consiste em um tempo da vida do ser humano. Este tempo tem características
próprias onde a curiosidade, a descoberta, a imaginação, a criatividade, o
lúdico estão presentes.
A concepção de
criança/infância é fruto de construção social, histórica e cultural. Logo, a
imagem de criança é construída no tempo e na história, havendo, pois várias formas
de ser criança, vários tipos de infância.
No sentido de
construir uma Pedagogia da Infância, o Estatuto da Criança e do Adolescente
(ECA) compreende a criança de 0 a 12 anos de idade, um sujeito de direitos,
cidadã de pouca idade, protagonista de uma cultura própria.
A EMEI Gal. Miguel Costa defende a concepção
de criança que reconhece e respeita o que é específico da infância: seu poder
de imaginação, fantasia e criação; entende as crianças como cidadãs, pessoas
que produzem cultura e são por elas produzidas. Que possuem olhar crítico sobre
as coisas que o cercam, questionando e modificando-as. E esse modo de ver as
crianças nos auxilia não só como ensiná-las, mas como entender como elas veem o
mundo.
A criança tem o
direito de ser criança, brincar, criar, imaginar, experimentar, falar e ser
ouvida, ter amigos e amigas, fazer escolhas, ter contato com a natureza, ser
feliz, rir, chorar, conhecer a si mesma e ao outro, relacionando-se e
expressando-se de diferentes formas: elas têm o direito à vida e a ser
respeitada por todos. A criança faz sua leitura de mundo, interpretando-o e
reinventando-o
Temos discutido
coletivamente a importância de construirmos no cotidiano, uma Pedagogia que
contemple a visão de infância descrita. Nesse sentido, nossos olhares se voltam
para uma prática que organiza e reorganiza tempos e espaços para o trabalho com
as múltiplas linguagens e a construção de projetos de interesse das turmas.
Para FARIA, 2007:
“... um
oásis, um lugar onde se torna criança, onde não se trabalha, onde se pode
crescer sem deixar de ser criança, onde se descobre (e se conhece) o mundo
através do brincar, das relações mais variadas com o ambiente, com os objetos e
as pessoas, principalmente entre elas; as crianças.”
Assim, a instituição de Educação Infantil
constitui-se como um local privilegiado em que se possa viver e respeitar a
infância, e a forma como o tempo e o espaço se organizam dentro do currículo da
educação Infantil refletem na concepção de criança/infância que a escola
considera.
Proposta Curricular
O currículo, segundo as Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, é constituído de um conjunto
de práticas que visam articular as experiências e os saberes das crianças com
os conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural, artístico, ambiental,
cientifico e tecnológico, de modo a promover o desenvolvimento integral das
crianças de 0 a 5 anos de idade.
O desenvolvimento da criança é um processo
contínuo e recíproco, pois ele se dá através da troca com o outro, nas interações
entre a criança e o conhecimento, entre a criança e outra criança e a criança e
o educador. Nesse sentido, a criança deve ser concebida com o sujeito ativo e
competente, capaz de mobilizar e modificar os seus saberes e suas funções
psicológicas.
O currículo da educação infantil se dá na
relação e na interlocução entre a criança e o adulto, no espaço do tempo
vivido, carregando o registro deste percurso. O currículo na educação infantil
tem caráter integrador e se constrói no envolvimento de vários personagens do
processo educativo: pais, comunidade, aluno, professor. Sendo assim, a nossa
proposta pedagógica está pautada em dois eixos estruturantes sejam eles: a
Interação e a Brincadeira. Assim oportunizaremos experiências que:
·
Promovam
o conhecimento de si e do mundo por meio da ampliação de experiências
sensoriais, expressivas, corporais que possibilitem movimentação ampla,
expressão da individualidade e respeito pelos ritmos e desejos da criança;
·
Favoreçam
a imersão das crianças nas diferentes linguagens e o progressivo domínio por
elas de vários gêneros e formas de expressão: gestual, verbal, plástica,
dramática e musical;
·
Possibilitem
às crianças experiências de narrativas, de apreciação e interação com a
linguagem oral e escrita, e convívio com diferentes suportes e gêneros textuais
orais e escritos;
·
Recriem,
em contextos significativos para as crianças, relações quantitativas, medidas,
formas e orientações temporais;
·
Ampliem
a confiança e a participação das crianças nas atividades individuais e coletivas;
·
Possibilitem
situações de aprendizagem mediadas para a elaboração da autonomia das crianças
nas ações de cuidado pessoal, auto-organização saúde e bem–estar;
·
Possibilitem
vivências éticas e estéticas, com outras crianças e grupos culturais, que alarguem
seus padrões de referência e de identidade no diálogo e conhecimento da
diversidade;
·
Incentivem
a curiosidade, a exploração, o encantamento, o questionamento, a indignação e o
conhecimento das crianças em relação ao mundo físico e social, ao tempo e à
natureza;
·
Promovam
o relacionamento e a interação das crianças com diversificadas manifestações de
musica, artes plásticas e gráficas, cinema, fotografia, dança, teatro, poesia e
literatura;
·
Promovam
a interação, o cuidado, a preservação e o conhecimento da biodiversidade e da
sustentabilidade da vida na Terra, assim como o não desperdício dos recursos
naturais;
·
Propiciem
a interação e o conhecimento pelas crianças das manifestações e tradições
culturais brasileiras;
·
Possibilite
a utilização de projetores,
computadores, máquinas fotografias e, outros recursos tecnológicos e midiáticos;
·
Promovam
uma cultura de promoção à saúde, respeito ao meio ambiente e à prevenção por
meio do enfrentamento à proliferação do mosquito Aedes aegypti especialmente de
seus criadouros (locais de água parada).
Esses eixos
norteadores são integrados com o propósito de romper com as fragmentações
existentes entre: corpo e mente; brincar e aprender; razão e fantasia;
experiência e atividade; concepções e práticas; tempo da criança e tempo
institucional. Assim o tempo da experiência se organiza e se destina à
brincadeira inspirada no diálogo permanente entre os interesses das crianças e
a intencionalidade docente, respeitando a criatividade e curiosidade infantis.
Com o intuito de
oportunizar para as crianças a construção de estratégias pessoais e coletivas
diante das experiências vividas, a partir das quais possam escolher o que e com
quem irão fazer alguma coisa, para este ano letivo de 2017, a equipe docente decidiu
continuar o trabalho em nossa escola através de Projetos Pedagógicos onde
educandos e educadores são atores do processo de elaboração e avaliação de cada
etapa do projeto. O tema do projeto desenvolvido respeita o interesse e a
especificidade de cada agrupamento oferecido pela EMEI Gal. Miguel Costa:
Infantil I, Infantil II e Minigrupo II.
Na elaboração
destes Projetos procurou-se, segundo as Orientações Curriculares:
· a partir de uma visão integrada do que
significa educar e cuidar das crianças e propor-lhes atividades ligadas a uma
vida saudável, criativa e cooperativa;
· valorizar as interações
professor-criança(s) e criança-criança como recursos fundamentais nas
aprendizagens;
· tomar a brincadeira infantil como campo
privilegiado de experiências na construção conjunta de significados;
· garantir a interação dos diferentes campos
de experiências das crianças sem diluir a especificidade dos objetos de
conhecimento e das linguagens;
· acolher a diversidade de ritmos de
realização pelas crianças do que lhes é proposto, aceitando que algumas delas
irão envolver-se e realizar com independência os comportamentos antes que
outras, que devem ser então apoiadas de diferentes maneiras;
· incluir as crianças com deficiência nas
atividades propostas para as demais crianças, providenciar para que elas tenham
boas oportunidades para interagir com os companheiros e como professor, e ter
material adaptado para ter melhor desempenho;
· criar ambientes de aprendizagens que
possibilitem à criança brincar frente ao computador e usar diferentes recursos
tecnológicos como maquinas fotográficas, projetores, aparelhos de som e
filmadoras.
Nosso trabalho
com as crianças é garantir que elas possam ter o direito de viver situações
acolhedoras, seguras, agradáveis, desafiadoras, que lhes possibilitem apropriar-se
de diferentes linguagens e saberes que circulam em nossa sociedade,
selecionados por seu valor formativo em relação aos objetivos expostos em nossa
proposta pedagógica, e que essas experiências possam ampliar as possibilidades
de viver a infância de modo a:
• conviver,
brincar e desenvolver projetos em grupo,
• cuidar de si, de outros e do ambiente,
• expressar-se, comunicar-se, criar e reconhecer novas linguagens,
• compreender suas emoções e sentimentos e organizar seus pensamentos,
• ter iniciativa e buscar soluções para problemas e conflitos,
• conhecer suas necessidades, preferências e desejos ligados à
construção do conhecimento e de relacionamentos interpessoais, e
formular um sentido de si mesmo que oriente suas ações.
ORGANIZAÇÃO DOS TEMPOS E ESPAÇO
Segundo a Normativa nº01/15, o projeto Político-pedagógico deve
ser um documento vivo e dinâmico, que se constrói e reconstrói no coletivo em
constante processo de reflexão, sendo, portanto a história do percurso dos
sujeitos que compartilham um mesmo território reveleando princípios e práticas
estabelecidas pela unidade educacional. Implica na organização do trabalho
cotidiano para atender as necessidades e interesses das crianças, pautada nos
princípios éticos (da autonomia e do respeito às diferentes culturas e
identidades), estéticos (da sensibilidade, da ludicidade e da criatividade)
e políticos (do exercício da
criticidade, dos direitos das crianças e da prática pedagógica democrática).
O roteiro das atividades a serem desenvolvidas em cada turma
e o modo de estruturar o espaço de vivência e aprendizagem compõe a programação
didática desta unidade escolar. Esses três instrumentos: projeto político
pedagógico, currículo integrador e projetos pedagógicos de trabalho são aperfeiçoados
na prática cotidiana e são frutos de construção coletiva entre educandos /
educadores e os demais integrantes da comunidade educativa.
O tempo em nossa EMEI considera como citado na normativa
nº1/15:
·
A organização temporal, a partir do interesse e
das necessidades das crianças, que favoreça a realização de atividades
simultâneas e/ou conjuntas por um mesmo agrupamento;
·
O planejamento dos diferentes tempos
contemplando a participação cotidiana das crianças, evitando tempos de espera;
·
Os tempos necessários para que as crianças
possam desenvolver seus projetos, experiências e pesquisas.
A linha de Tempo de 2017 (ver anexos) foi reorganizada de
modo a privilegiar o melhor uso do espaço externo da escola, evitando assim que
as crianças fiquem muito tempo na Sala de Convivência. Deste modo, garantimos
que cada agrupamento ao longo do período de 4 horas possa visitar pelo menos 2
ou 3 espaços como: parque, quadra, floresta.
Os projetos pedagógicos
apresentam como ponto de partida em comum para todas as salas e um tema de
interesse da turma e se organizam em torno de um produto final, cuja escolha e
elaboração são compartilhadas com as crianças para que surjam novas
aprendizagens e novos projetos.
Os projetos podem ter como ponto
de partida um problema sugerido pelo grupo pedagógico ou decorrente da vida da
comunidade, uma notícia de televisão ou de jornal, um interesse particular das
crianças, etc. Uma das condições para sua escolha é que ele mobilize o
interesse do grupo como um todo.
Em consonância com o PEA, o
grupo reorganizará o currículo da educação infantil em Projetos.
AVALIAÇÃO
Segundo as DCNs (2010), a avaliação das
instituições da Educação Infantil devem criar procedimentos para o
acompanhamento do trabalho pedagógico e para avaliação do desenvolvimento das
crianças, sem objetivar seleção, classificação ou retenção, garantindo:
· a observação crítica e criativa das
atividades, das brincadeiras e interações das crianças no cotidiano;
· a utilização
de múltiplos registros realizados por adultos e crianças (relatórios,
fotografias, desenhos, álbuns etc.);
· a continuidade dos processos de
aprendizagens por meio da criação de estratégias adequadas aos diferentes
momentos de transição vividos pela criança;
· a documentação específica que permita às
famílias conhecer o trabalho da instituição junto ás crianças e os processos de
desenvolvimento e aprendizagem da criança de Educação Infantil;
· a não retenção das crianças na educação
Infantil.
Nesse sentido, a avaliação na Educação Infantil deve acontecer em dois
âmbitos: o âmbito da Aprendizagem e no âmbito da Avaliação Institucional, tendo
como norte os objetivos expressos no Projeto Político Pedagógico da Unidade
Escolar.
Avaliação do desenvolvimento das crianças
Com base no
Programa Mais Educação São Paulo (2014), no que se refere à aprendizagem de
nossos alunos, a avaliação deste processo dar-se-á mediante a elaboração de
relatórios descritivos individuais, tendo por objetivo descrever as atividades
das crianças, sem, contudo, classifica-las nem tão pouco servir de critérios
para a retenção das mesmas.
Este ano sentimos
necessidade de estudar, refletir e repensar nossas práticas em relação e
através da documentação pedagógica. Portanto, o PEA será: “Documentação
Pedagógica: Uma ferramenta para educar-se e refletir para melhor educar”.
A Documentação
Pedagógica dos nossos alunos será composta por diferentes registros, descritos
a seguir:
Relatório Descritivo Individual
Esse documento é
elaborado no final de cada semestre do ano letivo pelas professoras e será
entregue aos pais na última Reunião de Pais (Encontro de Pais), compondo a
documentação pedagógica da criança. No Relatório constam as observações das
professoras acerca do desenvolvimento da criança ao longo do ano, enfatizando
aspectos importantes do percurso vivido pela criança, dando-se ênfase aos
avanços qualitativos do desenvolvimento de cada criança. Além disso, o percurso
vivido pela turma com o relato dos projetos realizados constará do relatório.
Em outro campo, há o preenchimento da frequência do aluno durante os semestres,
por fim a ciência da gestão pedagógica dos professores e dos pais.
Diário de Bordo/Caderno e Passagem
Ao longo do ano, as professoras farão registros em caderno próprio
intitulado de Caderno de Passagem. Esse
caderno servirá para que os professores de turnos diferentes se comuniquem e
registrem os acontecimentos importantes de cada turno.
Portfólio Virtual da Turma
O Portfólio
Virtual, também fará parte do Blog da EMEI, onde são postados semanalmente
registros de fotos e vídeos dos alunos durante atividades da rotina,
comemorações e festas, além de tornar públicas as dinâmicas em Reunião de Pais
e Mestres, Conselho de Escola e APM (Associação de Pais e Mestres) entre outros
eventos.
Todas as atividades realizadas pelas professoras podem ser publicadas
no Blog, assim os pais e a comunidade escolar poderão acompanhar o andamento
dos Projetos realizados na escola. Comentários e sugestões da comunidade
escolar para a melhoria do serviço também são postadas no blog.
A cada situação vivida, a cada experiência significativa dentro da
escola, a cada superação da criança, a professora fará um registro relatando o
obstáculo e a superação da criança, uma situação de protagonismo da criança,
falas significativas como marcos de desenvolvimento cognitivo ou sinais de
desenvolvimento da mesma, comparando a criança apenas com ela mesma.
O Blog será
atualizado pela Gestão da Escola em parceria com os professores e pais. O
endereço do Blog é: www.emeimiguelcosta.blogspot.com.br
Avaliação Institucional
A avaliação na
Educação Infantil também acontece em âmbito institucional, e o Projeto Político
Pedagógico é considerado um documento de grande valia para traçar o percurso da
Unidade Escolar ao longo do ano letivo e também para fazer reflexões acerca dos
percursos realizados nos anos anteriores.
Avaliar a
instituição abrange diferentes âmbitos, como a aprendizagem, a instituição, as
políticas educacionais e os programas, além de envolver os diferentes atores
deste processo. Nosso Projeto Pedagógico deste ano objetiva realizar a
autoavaliação. Entende-se por autoavaliação o conjunto de procedimentos
avaliativos organizados por integrantes da instituição educativa que realizam a
avaliação do trabalho e das condições de sua produção – professores, outros
profissionais, da instituição, alunos e pais. (SOUSA, 2009)
Segundo o
Programa Mais Educação São Paulo (2014, p.72), as unidades de Educação Infantil
realizam anualmente a autoavaliação em que são analisados aspectos pautados nas
ações cotidianas das unidades com base na rotina das crianças e dos educadores,
bem como na infraestrutura organizacional das unidades.
Assim, a EMEI Gal
Miguel Costa, que em conformidade com o documento em 2014 realizou em 2015 e
2016 e realizará em 2017 o Dia da Avaliação que acontece conforme previsto no
Calendário e na Portaria nº 6.750, de 25 de dezembro de 2014, com a utilização
dos “Indicadores de Qualidade da Educação Infantil Paulistana” com a
participação dos pais, funcionários e comunidade
escolar.
Avaliação Institucional 2016 da Unidade
Escolar
A partir a coleta
de dados realizada na Avaliação dos Indicadores de Qualidade da Educação
Paulistana, foi possível sistematizar as informações e assim compor com pais,
funcionários e comunidade a Avaliação Institucional Final de 2016. Com base nas
dimensões apresentadas pelos Indicadores, apontaremos a seguir o quadro dos
resultados obtidos bem como o quadro do plano de ação traçado para sanar os
problemas apontados:
RESULTADOS OBTIDOS NA
AUTOAVALIAÇÃO DOS INDICADORES DE QUALIDADE NA
EDUCAÇÃO INFANTIL PAULISTANA 2016
|
||
DIMENSÃO
1
|
Planejamento e Gestão
Educacional
|
Os indicadores dessa dimensão receberam a
cor verde, uma vez que as situações ali explicitadas já estão consolidadas em
nossa escola.
|
DIMENSÃO
2
|
Participação, Escuta e
Autoria de Bebês e Crianças.
|
O trabalho com projetos pedagógicos nos
ajudou a consolidar todas as ações propostas pelos indicadores.
|
DIMENSÃO
3
|
Multiplicidade de
experiências e linguagens em contextos lúdicos para as Infâncias
|
Nesta dimensão o indicador 3.4 teve os
itens 3.4.3 e 3.4.4 com cor amarela, pois, apesar das experiências citadas
ocorrerem na unidade, de vez em quando, elas não estão consolidadas. Assim,
precisamos pensar em:
·
Disponibilizar brinquedos tradicionais (pião,
peteca, pé de lata, carrinho de rolimã, entre outros);
·
Fazer, com os pais, oficinas de construção de
brinquedos e
brincadeiras tradicionais.
|
DIMENSÃO
4
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Interações
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A
plenária concluiu que a cor verde é adequada para os indicadores dessa
dimensão dada a consolidação da grande maioria das experiências ali
descritas.
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DIMENSÃO
5
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Relações Étnico raciais e
de Gênero.
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Nesta dimensão o indicador 5.1 recebeu a cor
amarela nos itens 5.1.2 porque as reflexões em torno da valorização da
diferença étnico racial se dá, mas não de forma permanente.
O item 5.2.3 do indicador 5.2 recebeu a cor
amarela porque a maioria de nossas professoras faz fila de meninos e meninas
Os itens 5.3.1 do indicador 5.3 receberam a cor vermelha
por não haver nenhuma discussão com as famílias sobre a atuação de educadores
do sexo masculino. O item 5.3.5 ficou com a cor amarela porque os momentos formativos com relação à
identificação e intervenção em situações de racismo e sexismo só foram previstos no PEA deste ano.
Os itens 5.4.6 e 5.4.7 do indicador 5.4
recebeu a cor amarela porque não oportunizamos vivências onde meninos assumam
papéis em contraposição à ideia machista
e porque histórias que
contemplem diferentes identidades étnico-raciais não estão presentes no
cotidiano da sala de aula.
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DIMENSÃO
6
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Ambientes Educativos:
Espaços, Tempos e Materiais.
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A
plenária concluiu que a cor verde é adequada para os indicadores dessa
dimensão dada a consolidação da grande maioria das experiências ali
descritas.
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DIMENSÃO
7
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Promoção da Saúde e Bem
Estar: experiência de ser cuidado, cuidar de si, do outro e do mundo.
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A plenária concluiu que a cor verde é adequada para os indicadores
dessa dimensão dada a consolidação da grande maioria das experiências ali
descritas.
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DIMENSÃO
8
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Formação e Condições de
trabalho das Educadoras e dos Educadores.
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O item
8.4.6 do indicador 8.4 recebeu a cor amarela porque a quantidade de crianças
por sala aumentou este ano.
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DIMENSÃO
9
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Rede de Proteção Sócio
Cultural: Unidade Educacional, Família, Comunidade e Cidade.
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O indicador 9.3 recebeu a cor vermelha porque
apesar da unidade dar visibilidade à produção das crianças nos espaços da
escola, promove pouco a interação da comunidade com os eventos do seu entorno
e da cidade.
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QUADRO DE PLANO DE AÇÃO 2016
Dimensão
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Itens
do Indicador
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Problemas
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Ações
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Responsáveis
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Prazo
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Multiplicidade de experiências
e linguagens em contextos lúdicos para as Infâncias
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3.4.3 A
unidade educacional disponibiliza e as professoras oferecem para as crianças
brinquedos tradicionais das culturas das infâncias ( bola, pião, peteca, pé
de lata, carrinho de rolimã, entre outros?
3.4.4 A
unidade Educacional e as professoras promovem encontros com outros educadores
ou pais/responsáveis para oficinas de construção de brinquedos e oficinas de
brincadeiras tradicionais?
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Nesta dimensão o indicador 3.4 teve os itens 3.4.3 e 3.4.4 com cor
amarela, pois, apesar das experiências citadas ocorrerem na unidade, de vez
em quando, elas não estão consolidadas.
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Assim, precisamos pensar em:
·
Disponibilizar brinquedos tradicionais (pião,
peteca, pé de lata, carrinho de rolimã, entre outros);
Fazer, com os pais, oficinas de construção
de brinquedos e brincadeiras tradicionais.
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Gestão
Pais
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Durante
o ano todo.
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Relações Étnico raciais e
de Gênero.
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5.1.2 As propostas
pedagógicas da unidade Educacional preveem e realizam ações e reflexões, de
forma permanente com bebês e as crianças, as famílias/responsáveis e os
demais profissionais, que valorizem as diferenças entre negros, brancos,
indígenas e imigrantes?
5.2.3 Nas atividades
cotidianas da Unidade Educacional, como fila, organização dos brinquedos,
divisão de equipes,, há preocupação em não separar os grupos em meninos e
meninas?
5.3.1 A equipe gestora, os
educadores e educadoras discutem com as famílias o caráter positivo e a
importância de termos profissionais da educação do sexo masculino atuando
plenamente com os bebês e as crianças pequenas?
5.3.5 A unidade Educacional
organiza, frequentemente, momento formativo e/ou de orientação com relação à
identificação e intervenção em situações de racismo, sexismo e outras
discriminações?
5.4.6 Os educadores e
educadoras oportunizam aos meninos vivências em que estes se fantasiem,
assumam papéis de cuidar do outro, limpar e organizar o espaço coletivo em
contraposição à idéia machista?
5.4.7 Na apresentação de
diferentes profissões, nas personagens como heróis/heroínas,
príncipes/princesas estão contempladas as diferentes identidades
étnico-raciais (branco, negro, indígenas) e os imigrantes?
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O item
5.1.2 recebeu a cor amarela porque as reflexões em torno da valorização da
diferença étnico racial se dá mas não de forma permanente.
O item
5.2.3 do indicador 5.2 recebeu a cor amarela porque a maioria de nossas
professoras faz fila de meninos e meninas.
O item
5.3.1 do indicador 5.3 recebeu a cor
vermelha por não haver nenhuma discussão com as famílias sobre a atuação de
educadores do sexo masculino.
O item 5.3.5 ficou com a cor amarela
porque os momentos formativos com
relação à identificação e intervenção em situações de racismo e sexismo só foram previstos no PEA deste ano.
Os itens 5.4.6 e 5.4.7 do
indicador 5.4 recebeu a cor amarela porque não oportunizamos vivências onde
meninos assumam papéis em contraposição à ideia machista e
porque histórias que contemplem diferentes identidades étnico-raciais
não estão presentes no cotidiano da sala de aula.
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Realização de Projeto em
sala de aula sobre as diferenças culturais e étnicas que formam o povo
brasileiro;
Leitura de livros em casa
pelos pais;
Levantamento e execução de
maneiras diferentes de organização das crianças pela escola sem a separação
de meninos e meninas em fila;
Oportunizar mais momentos
de reflexão sobre a atuação de educadores do sexo masculino;
Formação permanente com
presença do tema em todos os PEAS anuais;
Separação dos livros do
acervo que contemplem as diferenças
étnico-raciais para que essa literatura esteja presente cotidianamente na
hora da história e estimulem dramatizações com uso de fantasias mesmo que
imaginárias;
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Unidade escolar
pais
cada professor
Unidade Escolar
Unidade Escolar
Gestão
Professoras em módulo
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-
2ºsemestre
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Formação e Condições de
trabalho das Educadoras e dos Educadores.
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8.4.6 A relação entre a
quantidade de bebês/crianças e educadores está em progressiva diminuição a
cada ano, de acordo com o especificado no Plano Municipal de educação?
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O item 8.4.6 do indicador
8.4 recebeu a cor amarela porque a quantidade de crianças por sala aumentou
este ano.
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Encaminhamento para a DRE
de pedido para que seja diminuído para 29 o número de alunos por sala.
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DRE
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Já encaminhado
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Rede
de Proteção Sócio Cultural: Unidade Educacional, Família, Comunidade e
Cidade.
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9.3 A unidade educacional na Cidade
Educadora
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O indicador 9.3 recebeu a
cor vermelha porque apesar da unidade dar visibilidade à produção das
crianças nos espaços da escola, promove pouco a interação da comunidade com
os eventos do seu entorno e da cidade.
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Colocar no blog da escola
os eventos da escola.
|
Unidade Escolar
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Mensalmente
|
BIBLIOGRAFIA
Braga, Sheila Mayzanyela da R. - Educação Especial: As Dificuldades Encontradas no Ambiente Escolar para
a Inclusão.
BRASIL. Constituição Federal. Brasília, 1988.
BRASIL. Lei 8.069, Estatuto da Criança e do Adolescente. Brasília, 1990.
BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO/MEC. Diretrizes Curriculares Nacionais para a
Educação Infantil. Brasília, 2010.
BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO/MEC. Indicadores de Qualidade na Educação
Infantil Paulistana. São Paulo, 2015.
BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO/MEC. Lei 9.394, Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional. Brasília, 1996.
BRASIL. SME – Parâmetros e Perspectivas – Rede Municipal de
Ensino de São Paulo, 2012.
DEMO, Pedro. Desafios Modernos da Educação. 7 ed. Petrópolis: Vozes,
1998.
EDWARDS, Carolyn. As cem linguagens da criança: a abordagem de Reggio Emilia na
educação da primeira infância. Porto Alegre: Ed. Artes Médicas Sul,
1999.
KRAMER, Sonia; BASÍLIO, Luiz Cavalieri. Infância, Educação e Direitos Humanos.
São Paulo: Cortez, 2003.
SÃO PAULO. SECRETARIA MUNICIPAL DE
EDUCAÇÃO/SME. Orientações Curriculares: Expectativas
de Aprendizagens e Orientações Didáticas para a Educação Infantil. São
Paulo, 2007.
SÃO PAULO. SECRETARIA MUNICIPAL DE
EDUCAÇÃO/SME. Tempos e Espaços para a
infância e suas linguagens nos CEIs, Creches e EMEIs da Cidade de São Paulo.
São Paulo, 2006.
SÃO PAULO.
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO/SME. Currículo
Integrador da Infância Paulistana. São Paulo, 2015.
SÃO PAULO.
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO/SME. Orientação Normativa Nº01/13, Avaliação na
Educação Infantil: aprimorando os olhares. São Paulo, 2014.
SÃO PAULO.
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO/SME.
Orientação Normativa Nº01/15, Padrões Básicos de Qualidade na
Educação Infantil Paulistana. São Paulo, 2014.
SÃO PAULO.
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO/SME. Programa
Mais Educação São Paulo: subsídios para a implantação / SME. São Paulo:
2014.
SILVA, Ana Célia Bahia. Projeto Pedagógico: Instrumento de gestão
e mudança. UNAMA. Belém. 2000.
SOUSA, Sandra Zákia. “Avaliação institucional: elementos para discussão.” In: LUCE, Maria
Beatriz,; MEDEIROS, Isabel Letícia Pedroso. (org.) Gestão Escolar democrática: concepções e vivências. Porto
Alegre, editora da UFRGS, 2006.
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